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3 de outubro de 2011

Capitão Morte

Escrevo-te em tormentas eléctricas
Porque te fermentas em mim
Como um abrasão na pele

Se tu, gentil, te chegasses
E eu dissesse que te necessito
Como respiro fumo e alcatrão

És a maré que preciso
Mas que não vou apanhar
Rochedo, sou

Carburaremos os dois
Nas fornalhas que fizemos
Nunca tristes, nunca alegres

És a dor que se me dá aos ossos
Cancro que se me alastra
Vasilha de beleza ruim

Lambes a maresia da testa
Ninfa de psique amorfa
Petrolífera e amarga

Vem-te em ondas de gasolina
E suspira ventanias
Que quero atolar o barco

Atar-te-ei à proa
Para sempre, para todo o sempre
Deste teu, Capitão Morte

Lágrimas Sonoras