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9 de abril de 2013

Urina


Acordei e mijei com o peso de um trovão
Chovi sobre sonhos e palavras ébrias
Dourei as promessas, as memórias
Já nada há a fazer, conta-me o fluxo
Não insistas, diz-me, testa contra a parede
Refastelo no refrigério da sensação
Regojizo no conforto do conselho
Sábios não falam tão bem
Como este corrimento amarelo
Há maldade aqui, na força deste rio
Existe vontade de afogar,
De procriar dinastias vãs,
Boatos, sortilégios e demais
Ou serei eu o bruxo das mais inúteis 
Formas de encantamento que existem?

Pinga, sacode, abre as torneiras do lavatório
A sanita está fodida há mais de uma semana

Lágrimas Sonoras