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26 de agosto de 2011

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Dois pedaços de dor
A rumar ao meu destino
Cavaleiros do apocalipse
Cocainómanos em vestes
Douradas e carmesim
Uma tempestade aconchegante
Que se rói por dentro
Aos rumores bárbaros
Das vicissitudes do alheio
As ameaças de morte
Sussurradas pelo vento
Cantigas de embalar
A um coveiro por obrigação
Marinheiro de sepulturas
Recortadas nas ondas
Do mais puro silêncio
Deitadas no peito
De uma puta qualquer

Tenho segredos que não
Quero contar a ninguém
Medos que se arrependem
De ser criados e que no entanto
Se espalham pelos vales
Duma chávena de café

Ruindade feita gente
Carregas as válvulas
De libidos renascentes
Como se de engrenagens
Uivasse um louco ao céu
Repetindo a sua lucidez
Às páginas duma bexiga
Insuflada em ego e cerveja
Bafo quente a paixão
Amargurada e flácida

Triste sou pouco
Recriado em trastes
De sorrisos escancarados
Às mais belas faces e
Aos mais sedosos cabelos
Grilhões dum apaixonado
De valetas e dramas

1 comentário:

Anónimo disse...

o sabor da dor escondida através das linhas escritas mostram uma dor profunda

Lágrimas Sonoras