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11 de abril de 2012

Chamando nomes a Deus

Já te contei as vezes
As mais maravilhosas vezes
Em que ventos batiam
De feição, perfeitos
Em que acreditava
Poder pagar felicidade
Olhar por cima do ombro
E ver o Silêncio
Envolto em maresia
Olhar aos céus
E suspirar em paz
Ter os lábios cobertos
De pétalas de mulher
Os pés descalços?
E já te falei das vezes
Das mais pérfidas vezes
Em que tudo me foi roubado
Tudo ardendo em piras
Com labaredas de vergonha
Em que arrependi
Os dias lânguidos
Perseguido por temores
Ver o Silêncio brandir
Uma faca cega na noite
Ter que baixar a cabeça
Numa sinfonia de derrota
A testa em sangue?

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Lágrimas Sonoras