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12 de abril de 2012

De mãos dadas

A noite ainda nem vai alta
E já a Solidão se senta comigo
Aqui à beira da cama, calada
A dar a mão à minha alma
Namora com o Desespero
Que se fez de meu inquilino
Já nem recordo quando
Deitado a fitar o tecto
Vejo três mundos além
Daquele em creio estar
E em nenhum deles tu estás
A soma dos meus medos
Naquela janela de betão
Sempre de mão dada
A cama já é uma valeta
Sou um homem velho e mau
Ou uma criança partida
Uma engrenagem virada louca
Um belo naco de nada
No fundo do crânio penso
“Partida, mas ainda é a minha casa”
Sempre de mãos dadas

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